Como um típico livro de Jostein Gaarder questões filosóficas
e o uso da imaginação é constante, e em “O Dia do Curinga” não é diferente.
Confesso que a primeira vez que li não entendi muita coisa (o que me deixou bem
frustrada), mas mesmo ficando com muitos pontos de interrogação na cabeça, eu
amei o livro logo de cara! Parece estranho, mas o livro tem uma linguagem
tranquila e a história é fantástica!
Bom, a história segue Hans-Thomas, um menino de 12 anos, que
viaja com o pai em suas férias até a Grécia. O objetivo? Encontrar a mulher que
os abandonou há oito anos, a mãe e esposa, que fugiu com o intuito de encontrar
um significado para ela mesma.
Durante o percurso até a Grécia, Hans e seu pai têm muitas
conversas interessantes, e o que era pra ser apenas uma aventura emocionante
sobre reencontro familiar, torna-se um portal para o conhecimento (se sua
professora pedir a leitura desse livro, fique de olho no pai de Hans, ele vai
ser seu professor).
Em algumas paradas da viagem de carro, o que é constante,
Hans-Thomas consegue uma lupa e um livrinho de um anão estranho e um padeiro de
uma cidade distante. E com livrinho, eu quero dizer um livro literalmente
minúsculo!
"Se nosso cérebro fosse tão simples a ponto de entendê-lo, seríamos tão tolos que continuaríamos sem entendê-lo."
Assim, como em “O Mundo de Sofia”, um dos livros mais
conhecidos de Jostein, acontece duas histórias intercaladas (sem querer
confundir, mas já confundindo, uma dessas histórias não é tão simples assim, é
a narrativa de várias gerações). O que, particularmente, só deixa a história
i-n-c-r-í-v-e-l!
Conforme a viagem segue, percebe-se que tanto a história do
livrinho, como a de Hans são paralelas. Muitas coisas que acontecem em uma se refletem
na outra e vice versa. Um exemplo disso é fato de seu pai colecionar curingas de
baralhos, somente os curingas.
Pelo que lembrei, li esse livro umas quatro vezes, e em cada
uma tive uma interpretação diferente, o que me deixa feliz, um sinal de que
mudei. Afinal, quem disse que mudar só significa coisas ruins?
É impossível colocar todo o conteúdo do livro em uma resenha
que não pegue um espaço gigantesco, mas acreditem, ele não se tornou meu livro
de cabeceira a toa!
Beijos,
Tissa!
Na verdade esse livro é realmente impressionante. Mas tão impressionante que eu nem sabia como interpreta-lo. Vlw pela ajuda ai.
ResponderExcluir